Você ouve o vazio gritando dentro de mim?
Percebe o desalento que ecoa aqui?
É tão parte de quem sou que é difícil dissociar
a minha persona dessa personificação do ansiar.
Aninhado no aconchego do meu ventre,
Eu tento acalmar o embrião,
Como faria a um filho,
Produto meu e da solidão.
Não adiantam as tentativas,
É impossível fazê-lo parar.
Parece que vai nascer sabendo as dores vociferar.
Eu me calo perante tamanho concerto
e me perco dentro do meu próprio medo.
Isolo, bloqueio, afasto o mundo de mim,
Embalada por esse melódico desespero sem fim.
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