Sei não

Estar perto de ti me tira do eixo.
Minha verborragia ataca.
Viro pateta.
Desesperada.
Uma piada.

Estar perto de ti me desconcerta.
Me rouba o sossego.
Me enche de medo.
E eu fico sem ar.

Sem chão.
Sem não.

Sei não.

Personifiquei o absurdo
e agora ando opaca,
vestindo o desinteresse,
fingindo que ainda vivo.

Mas a verdade é que existo.
Longe de ti sobrevivo.
E nada mais.

Um comentário:

  1. O amor nos transformar n'uma sensibilidade profunda de necessidades e vontades. Amar é saber, também, carecer do que está fora de nós. Essa carência é quase tão física quanto a fome ou sono. Viver sem a amada é, com efeito, sobreviver.

    Obrigado pela partilha dos versos. Abraço, RicardoC.

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