Meus versos nascem de parto natural.
Primeiro as contrações.
Longas,
Poderosas,
Incrivelmente dolorosas.
Nelas, as ideias fervilham,
E as palavras dançam.
Meu corpo
se contorce no ritmo
de uma coreografia louca.
Inesperada.
Espasmo muscular
de contrações violentas.
Ginástica mental.
E eu me adapto, mudo.
Crio,
Refaço,
Desfaço.
E então nasce.
Enchendo meus olhos de orgulho
e minha mente de incredulidade.
Fui eu mesma quem pari?
Gostei muito dessa ideia de força e de poder aliadas ao ato da criação, e também de toda dor e de todo prazer inerentes a ele. Eu diria que parir é poder.
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