Quero fazer de ti córrego
por onde minhas palavras correm soltas.
São fluidas, líquidas, correntes.
Nada banais e tão potentes
que te moldam na vazão da minha escrita.
Talho teus contornos no fluxo da poesia
navego-te no agito do presente
e ao sabor do indicativo.
No escoar da gramática,
vejo na língua nossa mágica
e te aclamo na pontuação,
na coroação,
no verso final:
Tu és minha conjugação do mais-que-perfeito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário