Aqui,
nessa página desatualizada e insignificante,
perdida entre tantas outras páginas parecidas dessa Internet.
Aqui,
no meio de todas essas palavras bagunçadas,
jogadas por lá,
arranjadas de cá,
rearranjadas dali,
alocadas por mim.
Aqui, sim.
Aqui, você é meu.
Você, o vinho, a poesia e a virtude.
Tudo meu.
E, à la Baudelaire, eu me embebedo.
Não importa se ainda me quer.
(ou se um dia de fato e verdadeiramente me quis)
Não importa se tem alguém.
(ou se nunca cogitou a possibilidade de vivermos algo juntos)
Não importa se não há mais contato.
(ou se o rosto olha em outra direção quando, por alguma razão e até mesmo sem vê-lo, me aproximo)
Nada importa além do silêncio.
Em meio ao turbilhão que carrego aqui dentro, minha mudez alcança volumes aonde palavra proferida alguma jamais chegará.
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