Não lembro a última vez que me olhei no espelho e me reconheci.
A última vez que tive orgulho da figura tão bem desenhada diante de mim.
Não sei quem é a mulher cansada que hoje me retorna o olhar. Tenho nojo dela.
A mulher destruída que mal tem forças para aguentar me olhar de volta por muito tempo.
Em que canto de mim mesma me perdi e esqueci como se vive?
Em qual esquina da vida me deitei por tanto tempo que minhas pernas desaprenderam a andar?
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