Sem nome

O que cresce em minhas entranhas permanece inominado. Pesa meu caminhar, impede meu sorrir e mata qualquer manifestação do sonhar. O amor que nutri por ti hoje definha, a vida escorre por dois olhos assustados. À conta-gotas. Dia após dia. O que resta em meu ventre é fruto da agrura causada pelo teu desdém. Estou grávida do mal que me fizeste e não parece haver contrações suficientes em meu corpo que me esvaziem completamente de ti.

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